sábado, 1 de agosto de 2009

Foi um rio que passou em minha vida

Ok, na verdade foi um grande esgoto a céu aberto, praticamente um Arroio Dilúvio. E creia, levou a sujeira estagnada. O meu grande problema foi identificar o que é (ou era) realmente sujeira. Veja: O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa nunca fez tanto sentido. Vai saber se o que te parece certo por anos é o que é ou apenas é o que queres que seja? Pois bem, a segunda possibilidade fez mais sentido para mim; e, me parece, foi assim também para o trouxa.

A sujeira, agora devidamente identificada, classificada, rotulada, catalogada e arquivada, parecia grudada. E de tão grudada, decidiu soltar-se; não porque não suportava sentir o vento soprar e não se deixar levar, mas porque sabia ser sujeira, estar grudada, equivocada e - oh! - sabia do brilho que ofuscava. Ah, sujeira altruísta que me emociona!

Enfim, ida a sujidade é possível enxergar o que estava por baixo. Pós-enxurrada. Irreconhecível. Claro, impossível estar totalmente limpo — sabe, quando se toma banho de esgoto sempre fica uma merdinha atrás da orelha. Mas nada que sessões, terapias, tradicionais, alternativas, não resolvam.

Vai em paz, sujeira! Vai cuidar da segurança das tuas filhas...

2 comentários:

Unknown disse...

aiaiai fernando!

Tiago Coelho disse...

tá, o rio já passou... AGORA PUBLICA ALGO!!