quarta-feira, 9 de julho de 2008

II

Busquei. Busquei como pude, o quanto pude. Inútil. Até que descobri, "o prazer é efêmero". "Humm, para pensar", supus. "A felicidade está em buscá-la". Uma sequência de pensamentos/clichês ululantes não permitiram naquele momento perceber que lógica seguir. Claro, não se pode confiar em nenhuma lógica, descobriria mais tarde.

E mesmo assim não cessou o desejo. E cada vez maior me levou pelo caminho da insanidade, quase por instinto, à porta do perdido. Reconheci as nuances do perfume dos sons dos sabores, mas com outras cores. E era diferente. Não melhor. Não pior. Mas dessa vez eu estava preparado. E quando os movimentos já pareciam mais adiantados, como num filme meu mundo quadro a quadro tornava-se mais vivo, minha trilha de gritos de euforia mais forte, entre lágrimas meus olhos viram a lua.

Soube então que sabia o caminho, que de qualquer lugar eu chegaria ao meu lugar e que o lugar não seria sempre o mesmo, mas sempre seria meu.

Um comentário:

paulinha disse...

lindo...
queria ter estado na tua cabeça quando tu escreveu isso, pois sei que meu entendimento do que li nem chega perto do que tu quis dizer de verdade...