Estou com insônia. O calor ferve meus miolos e não consigo dormir. Fecho os olhos e esse é o gatilho para os meus pensamentos entrarem em completa desordem. Ao som dessa mulher que cai e chora por seu abandono, a faculdade finalmente mostra as caras, alternativas mil surgem parecendo todas serem fáceis e milagrosas, recaídas intercalam-se ao escolher qual dos relacionamentos passados (outrora mortos e enterrados) surgirá para não me deixar dormir de vez, já que essa mistura raiva-saudade-mágoa-carência me deixa mais desperto. Acho que, no fundo, aquela tarde de outubro teve em mim mais efeitos do que eu esperava e só eu não sabia (pra variar). Mas isso não seria suficiente para eu perder o sono, seria?
Meu deus, ela ainda chora e não me deixa dormir! Na verdade ela não me deixa em paz desde terça-feira, quando ao som desse pranto interminável os mesmos pensamentos que me perseguem agora surgiram, junto àquela maldita crise de azia que acompanha cada tentativa de obter tranqüilidade via terapias alternativas. Acho que vou experimentar novas terapias. Acho que vou finalmente experimentar o tal aun. Acho, acho, acho...
Acho mesmo que a culpa é do meu dedão, esse infeliz que agora quer me pregar uma peça e resolveu melhorar. Justo agora que eu curtia o espírito de porco? Já estava lidando tão bem com o fato de que nada pode estar tão ruim que não mereça umas boas risadas. Deve ser a tal sobriedade tomando conta de novo...
Acho - agora sim - que eu preciso de uma cerveja. Quem sabe assim eu não tropeço e machuco o desgraçado novamente?
sexta-feira, 26 de novembro de 2004
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