
Após vasta (e emergencial) atualização do meu rol de obras admiradas, posso dizer com muita certeza de que eu sou nada. Aliás, todos o somos. Ninguém deveria ser considerado gente até que criasse coragem e pusesse pra fora a soma do seu âmago de angústia, prazer e jactância. E quando isso é alcançado - e quando o topo hierárquico desse nada percebe e aprova -, esse ser inanimado terá enfim dado uma prova do merecimento de sua existência. Aí então esse ser, cujo direito de ser chamado de gente foi adquirido, poderá gozar o resto de sua vida - agora menos medíocre - de forma mais serena.
E eu sigo no meu nada.
Socorro, alguma rua que me dê sentido
em qualquer cruzamento
acostamento
encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada
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